sexta-feira, 28 de agosto de 2015

L'essentiel est invisible pour les yeux

Follow my blog with Bloglovin


Lançado no 68º Festival de Cannes, O Pequeno Príncipe é uma animação francesa inspirada no livro homônimo de Saint-Exupéry e dirigida por Mark Osborne, com trilha sonora por Richard Harvey e Hans Zimmer (sim, ele mesmo, o gênio por trás de Lion King, Gladiator, Interstellar e muitas outras trilhas consagradas). O filme estreou aqui no Brasil no dia 20 de agosto e, surpreendentemente, nos cinemas teresinenses. Em seu idioma original.

Esse era meu maior temor. Fui assistir ao filme anteontem, na única seção legendada que foi disponibilizada. Quando vi algumas palavras em inglês, já estava perdendo as esperanças. Não me levem a mal, amo a língua inglesa e sei que animação é dublada de um jeito ou de outro. Porém, estando eu no segundo semestre do francês, queria muito poder exercitar e adaptar minha audição ao francês. Felizmente, lá estava a garotinha e sua mãe falando sobre como c’était important étudier à l’Academie Werth.


Garotinha? Sim, porque o filme não é uma adaptação literal da história. Ele começa mostrando a vida de uma menina e sua mãe, que instruía a filha a dar todos os seus esforços em prol de conseguir uma vaga na Academie Werth, uma escola bastante renomada. Porém, na entrevista com a escola, as coisas dão errado e elas tentam o plano B – conseguir uma casa perto do colégio e manter um rigoroso projeto de vida, que inclui estudos esgotantes, para fazer com que ela seja impreterivelmente aceita na Academie Werth.

A mãe da menininha encontra uma casa que cabe no orçamento dela, próxima a escola – supostamente ideal. Entretanto, o vizinho é um doido varrido, com uma casa exótica e hábitos mais esquisitos ainda.

A convivência inicialmente hostil entre a menina e o senhor que é seu vizinho vai se atenuando quando a garota dá atenção ao aviãozinho que ele havia mandado. Aviãozinho este com a história do Pequeno Príncipe. E é aí que começa a narrativa da obra, que é retomada em diversos momentos do filme. Feita em stop motion, a animação com o conteúdo do livro é encantadora, daquelas de fazer awwwwn o tempo todo.


Não vou contar muito mais, senão acabo contando o filme todo! Entretanto, preciso ressaltar que a animação conseguiu reacender a magia que o livro costumava exercer em mim. Eu tinha perdido o gosto pela história, achando um pouco água com açúcar. Ou melhor, eu tinha esquecido. Mas a carga de ingenuidade presente na obra é que a torna tão singela e encantadora, não importa a idade do leitor. E o filme consegue transmitir essa atmosfera.


É bem verdade que, parando para analisar de forma mais crítica, há alguns pontos um tanto perdidos e que poderiam ser melhor trabalhados. Todavia, é algo menor diante da emoção que o longa nos proporciona. Ainda que com uma abordagem diferente daqueles que esperavam uma adaptação ao pé da letra, ele não deixa de reforçar a mensagem do quão importante é a imaginação, e nos lembra de algo essencial – de que não podemos esquecer.



2 comentários:

  1. Que amorzinho de filme! <3 Eu não li o livro (e essa talvez esteja entre as maiores vergonhas da minha vida, mas seguimos lutando), então não sei até que ponto a adaptação foi fiel, só sei que amei muito. E me surpreendi bastante ao me deparar com um filme francês em seu áudio original em Teresina!! Parece que aos poucos estamos evoluindo, hein? Vi o filme na segunda e também contei um pouquinho da minha experiência, daqui uns dias eu libero o post hahaha
    Sucesso com o blog, Valéria :)
    Beijo

    www.blogrefugio.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acredito que tu não leu o livro ainda, Cecília! Tu vai amar, é um livro muito cândido <3 E estou esperando pelo post no teu blog. Eu dei uma olhada nele, só que não tive tempo de comentar. Ele é incrível, muito bem escrito. Ainda tou sem acreditar que tu foi pra uma setlock!
      Beijos

      Excluir